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Conilon capixaba: produção maiúscula que chama a atenção de lideranças nacionais

Divulgação: Assessoria de Comunicação Sindicafé ES

A magnitude do Conilon capixaba chamou a atenção de lideranças da cafeicultura nacional

DCM / Incaper
 
A magnitude do Conilon capixaba chamou a atenção de lideranças da cafeicultura nacional
Integrantes do Conselho Nacional do Café (CNC) estiveram no Espírito Santo a fim de obter informações a respeito da produção do Conilon no Estado. O Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), órgão vinculado à Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), foi o responsável por conduzir os trabalhos desta missão técnica. Na ocasião, 25% da produção nacional de café estava reunida no Espírito Santo: os integrantes da comitiva e a delegação capixaba respondem, juntos, por mais de 10 milhões de sacas de café produzidas no Brasil.

A comitiva chegou na última segunda-feira (26) e, ainda no aeroporto de Vitória, foi recepcionada pelo diretor-presidente do Incaper, Maxwel Assis de Souza, e pelo diretor-técnico do Instituto, Aureliano Nogueira da Costa, além dos pesquisadores Romário Gava Ferrão (Incaper) e Maria Amélia Gava Ferrão (Incaper/Embrapa Café).

A primeira parada foi no distrito de Timbuí, município de Fundão, região metropolitana da Grande Vitória. Os visitantes estiveram na propriedade da família Costalonga, considerada uma unidade de referência no cultivo de Conilon. O produtor adotou todas as recomendações do Incaper, e este “pacote” tecnológico fez com que a produção, a produtividade e a sustentabilidade da lavoura virassem referência para todo o país e até para o exterior. Para se ter uma ideia, a produtividade média na propriedade chega a 124 sacas por hectare.

Durante a visita, em plena época de safra do Conilon, os integrantes da missão técnica conheceram de perto as técnicas de colheita dos grãos, secagem, beneficiamento e armazenamento do café capixaba. Aspectos de manejo, como a poda programada de ciclo, também foram abordados. “Estou impressionado com o crescimento da planta. Vi lavouras em vários estágios de desenvolvimento. De um ano para outro o resultado é surpreendente no que se refere ao crescimento da vara. Além disso, praticamente não há quebra na produção”, admirou-se Arnaldo Bottrel Reis, presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Varginha e da Associação dos Sindicatos dos Produtores Rurais do Sul de Minas (Assul).

Em Marilândia, na Região Noroeste capixaba, os secadores de café atraíram a atenção dos visitantes. A equipe esteve também na Fazenda Experimental do Incaper. Lá, visitaram jardins clonais e o banco de germoplasma, que abriga as variedades genéticas do café Conilon com diversas características como tolerância à seca, resistência a pragas e doenças, entre outras.

“O Incaper é muito bem desenvolvido no Conilon, referência no Brasil e no mundo. O grau de tecnologia aqui é impressionante. Estou feliz de ver que o Conilon é rentável, e garante outro patamar na cafeicultura brasileira. O que mais chamou minha atenção foi a poda programada de ciclo, uma tecnologia que o próprio Incaper estuda para adaptar ao Arábica”, disse Marcos Mendes Reis, diretor da Cooperativa dos Cafeicultores da Zona de Varginha (Minasul).

Em São Gabriel da Palha, a missão técnica foi recepcionada pela equipe da Cooperativa Agrária dos Cafeicultores de São Gabriel (Cooabriel). O cafeicultor Dario Martinelli, que já presidiu a instituição, também se fez presente. “O Produto Interno Bruto (PIB) industrial sofre retrocesso. E o setor que sustenta a economia é o setor cafeeiro. O café gera benefícios sociais e tem a incumbência de ser o mantenedor econômico do Espírito Santo. O custo ainda é alto por causa da importação de insumos. Mas a mão de obra é nossa, a tecnologia é nossa… A fábrica de café que é o Espírito Santo é um extraordinário gerador de divisas”, disse Dario Martinelli.

A produção de Conilon de qualidade foi observada na propriedade da família de Bento Venturim, em São Gabriel da Palha. O café produzido ali já foi premiado diversas vezes em vários concursos de qualidade. A propriedade adota o “pacote tecnológico” recomendado pelo Incaper, com clones de maturação precoce, média e tardia plantados em linha. “Começamos a colheita em maio e terminamos em agosto. Nossa produção passou de 400 para 4 mil sacas”, disse Isaac Venturim, quem, como o pai Bento Venturim, também é cafeicultor.

O maquinário instalado na propriedade também ajuda a fazer a diferença. O grão é selecionado, descascado, centrifugado e, só depois, vai para o secador. “Não usamos café que cai no chão. Um grão ruim na xícara pode comprometer o lote inteiro”, complementou Isaac Venturim.

Um dos pontos fortes da missão técnica foi a troca de experiências. Além de observar os diversos aspectos da cafeicultura de Conilon no Espírito Santo, os visitantes contribuíram com sugestões. “O Conilon quase não tem mucilagem. Se você passa no desmucilador, machuca o grão. Experimente mandar seu café direto para o secador. Você vai preservar mais o sabor da bebida”, sugeriu Marcos Mendes, que planta café Arábica em Minas Gerais. Isaac Venturim ficou intrigado com a possibilidade: “Vou separar um lote para fazer essa experiência”, disse em tom curioso.

No viveiro de mudas da Cooabriel, mais uma evidência da parceria entre as instituições. A Cooabriel multiplica os clones de Conilon desenvolvidos pelo Incaper, e distribui aos cafeicultores interessados para renovação da lavoura ou para o plantio em novas áreas. “Temos 30 mil matrizes com esta finalidade. Cada clone tem suas características genéticas. Hoje, há nada menos que 40 milhões de mudas da Cooabriel no mercado. Esta é a nossa menina dos olhos. Se aqui não vai bem, a cafeicultura de Conilon lá no campo também não vai bem. Hoje temos sucesso, e devemos tudo isso à parceria com o Incaper”, destacou Antonio Joaquim de Souza Neto, presidente da Cooabriel.

As mudas disponibilizadas aos cafeicultores de Conilon capixabas são plantadas na terra em sacolinhas plásticas, ou em substrato à base de casca de pinus, nos tubetes de 280 mililitros e em saquinhos biodegradáveis, que se decompõem no meio ambiente. As tecnologias usadas na produção de mudas são estudadas pelo Incaper, reforçando, mais uma vez, a parceria entre as instituições. “A Cooabriel foi uma das nossas primeiras parcerias, e continua sendo uma das melhores parceiras. Se a cafeicultura de Conilon no Estado é tudo isso, é devido à soma de esforços. Cada um fazendo o que faz de melhor”, orgulhou-se Romário Gava Ferrão, pesquisador do Incaper e coordenador do Programa Estadual de Cafeicultura.

Na sede da Cooabriel, os visitantes sentaram-se para degustar um cafezinho. Na xícara, é claro, foi servido café 100% Conilon. “Estamos orgulhosos por receber uma delegação deste nível. O caráter técnico desta visita é crucial. Temos que consolidar esta base técnica para os que estão chegando neste mercado. Os novos têm que entender essa dinâmica, e a importância de todos os agentes nela envolvidos, como o Incaper e a Cooabriel”, disse Aureliano Nogueira da Costa, diretor-técnico do Incaper, que acompanhou a comitiva.

“Em nome do Conselho Nacional de Café, nós é que agradecemos a todos vocês que proporcionaram ao grupo um amplo conhecimento do belo desenvolvimento da cafeicultura capixaba. O CNC está atento ao desafio de lutar por políticas setoriais voltadas para a cafeicultora. E quando estamos bem informados, esta luta fica ainda mais fundamentada”, disse Maurício Miarelli, presidente das Cooperativas dos Cafeicultores e Agropecuaristas da Região de Franca (Coocapec), de São Paulo, representando o presidente do CNC.

“Estamos honrados com a presença de vocês. Com essa força que a gente sabe que a cafeicultura tem no Brasil. Não existe rejeição entre Arábica e Conilon. O que existe é parceria. Fazer cafeicultura não é fácil, e um dos maiores problemas aqui no Espírito Santo é a mão de obra. Isso está pesando para o nosso produtor”, finalizou Antonio Joaquim de Souza Neto, presidente da Cooabriel.

A propriedade da família Meirense, em Vila Valério, foi a última visitada pela comitiva. O município disputa com Jaguaré o título de maior produtor capixaba de café Conilon. “A cafeicultura em Vila Valério se desenvolveu mais rápido em Jaguaré, que se tecnificou primeiro. Mas Vila Valério conseguiu alcançar, e até superar, esse grau de tecnologia, com mais velocidade”, ponderou Romário Gava Ferrão, pesquisador do Incaper e coordenador do Programa Estadual de Cafeicultura. “Para nós, a evolução do café foi nos últimos dez anos. Aqui na propriedade, passamos a produzir até 160 sacas por hectare”, disse satisfeito o cafeicultor Edvaldo Barros Pinheiro.

Assuntos como técnicas de produção, poda, manejo, clones e beneficiamento dividiram espaço nas discussões com temas um tanto numéricos, como produção, produtividade e custo. “O nível de informação que o pequeno produtor capixaba tem é diferente do nosso. A gestão do negócio café aqui no Espírito Santo é mais avançada que a nossa. A gente pergunta custo, volume de produção, pergunta todos os números e o produtor tem a resposta na ponta da língua”, surpreendeu-se Marcos Mendes, de Varginha, Minas Gerais.

A irrigação foi outro aspecto que chamou a atenção dos visitantes. “No sul de Minas, só 10% da lavoura é irrigada. Aqui no Espírito Santo, vocês têm grande parte do café irrigado. Isso está diretamente ligado à produção. E mostra que o trabalho de extensão rural que o Incaper faz é realmente muito forte”, complementou Francisco Miranda de Figueiredo Filho, diretor-presidente da Cooperativa dos Cafeicultores da Zona de Três Pontas (Cocatrel).

“O Conilon é permanente, é crescente. Temos que tomar decisões com relação ao Arábica. Observamos a topografia, observamos como vocês sobrevivem da cafeicultura e, principalmente, como conseguiram chegar a esse estágio de desenvolvimento”, preocupou-se Carlos Alberto Paulino da Costa, presidente da Cooxupé.

Em cada um dos mais de cinco municípios visitados, a missão técnica foi recepcionada pela equipe do Incaper: Abraão Carlos Verdim Filho, Paulo Volpi, João Luiz Perinni, Luís Gustavo Vieira Maniak e Edion Maiquel Dubberstein. Os visitantes retornaram aos seus Estados de origem na última terça-feira (27).

Informações à imprensa:
Assessoria de Comunicação – Incaper
Juliana Esteves – juliana.esteves@incaper.es.gov.br
Luciana Silvestre -luciana.silvestre@incaper.es.gov.br
Carla Einsfeld – assessoria.imprensa@incaper.es.gov.br
Texto: Juliana Esteves
Tel.: 3636-9866/99964-0389
Twitter: @incaper
Facebook: Incaper

Rodada inicial de negociação coletiva: Sindtrages e Comissão de Negociação Patronal reúnem

Fonte: Assessoria Jurídica Sindicafé ES |Milfont Advogados
Divulgação: Assessoria de Comunicação Sindicafé ES

A primeira rodada de negociação, entre Sindtrages e Comissão de Negociação Patronal, composta por representantes do setor, ocorrerá na capital capixaba, no próximo dia 29. O Sindicafé ES, Sindicato Patronal, junto aos representantes do setor, forma a Comissão Patronal de Negociação. Já para representar os trabalhadores, o Sindtrages estará presente na negociação.  

De acordo com o Presidente David Freire, o Sindtrages  vem representar a categoria de todos os empregados com vínculo empregatício nas empresas de exportação e importação, nos armazéns gerais, comércio de café em geral e logística no Estado do Espírito Santo. Estes empregados são contratados pelas empresas representadas pelo Sindicafé ES, sindicalizados ou não, com abrangência territorial em ES.

Acompanhe a negociação da Convenção Coletiva pelo nosso portal. Assim que celebrada a Vigésima Quinta Convenção Coletiva do Trabalho 2014/2015, será publicada neste site. E também enviada as empresas cadastradas no mailing do Sindicafé ES. Caso sua empresa não esteja cadastrada, envie os dados de sua empresa para contato@sindicafe.com.br

Atualização 29/05/2014: 
Proposta da Comissão de Negociação Patronal apresentada nesta quinta-feira(29), aos representantes do Sindtrages, referente a remessa da pauta de reivindicações encaminhadas anteriormente pelo Sindicato dos empregados do setor. Assim que ocorrer a próxima rodada de negociação, informaremos pelo nosso site





Presidente do Sindicafé ES representa a classe na comemoração de 60 anos da Fecomércio ES

Divulgação: Assessoria de Comunicação Sindicafé ES.

Nesta semana, no período de 20 a 22 de  maio, a Fecomércio ES – Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Espírito Santo – realiza uma programação com o início de comemoração dos 60 anos da Federação. O presidente do Sindicafé ES, Saulo Venâncio da Costa, membro do Conselho de Representantes, brinda junto a Fecomércio ES este importante momento. Entre as comemorações ocorre o lançamento, pelos Correios, do selo comemorativo de 60 anos da Federação capixaba. 


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Formada a Comissão Patronal de Negociação

Divulgação: Assessoria de Comunicação Sindicafé ES

No próximo dia 22 de maio,  ocorrerá a primeira reunião para fins de análise da Pauta de Reivindicações disponibilizada pelo Sindtrages – Sindicato dos Trabalhadores com Vínculo Empregatício e Trabalhadores avulsos nos Armazéns Gerais, Comércio de Café em Geral e Importação e Exportação no Estado do Espírito Santo –. A 25ª Convenção Coletiva de Trabalho 2014/2015, com data base em 1º junho, será analisada pela [arquivo340]

Mercado Cafeeiro num Processo de Acomodação, TV Maros

Divulgação: Assessoria de Comunicação Sindicafé ES

POR MARCUS MAGALHÃES*

O dia no mercado cafeeiro foi lento e marcado por um processo de acomodação ante as recentes e grosseiras volatilidades. As bolsas internacionais operaram sem mostrar convicção e com isso, não deram margem para que oscilações representativas fossem vistas. Mais uma vez, a cautela dos investidores prevaleceu deixando os patamares vigentes tanto em NY quanto em Londres, operando dentro do atual intervalo mercadológico. 

Para amanhã é esperado a continuidade deste movimento de consolidação dos níveis já que não há no front, qualquer nova variável por ser precificada. A grande verdade é que o próximo e grande divisor de águas do mercado será a entrada e por tabela, a constatação do estrago na safra cafeeira. O mercado carece de uma maior claridade desta variável já que há no front muitas informações, opiniões e apostas desencontradas neste assunto. Até lá, ao que parece, o mercado internacional deverá continuar a operar sem pressão, apenas respeitando, os atuais níveis de preços. 

Algumas considerações: 1- Dólar no Brasil opera em baixa e fomenta alta das bolsas. 2- No último relatório dos traders foi indicada a manutenção das posições compradas. Dentro deste cenário e considerações mercadológicas, a prudência dos operadores se faz presente já que os sinônimos do negócio café são adrenalina e emoções nas alturas!!! Cuidado e atenção!!!

*Presidente do Sindicato dos Corretores de dos Corretores de Café do ES, Diretor Financeiro da Federação do Comércio do ES e representante do Espírito Santo no Conselho Nacional do Café-.

CNC: setor busca medidas para melhorar cenário econômico da cafeicultura

Divulgação: Assessoria de Comunicação Sindicafé ES


POR: ASCOM CNC | Assessoria de Comunicação do Conselho Nacional do Café 


BALANÇO SEMANAL — 05 a 09/05/2014
Representantes da produção se reúnem com Governo para sugerir medidas que melhorem o cenário econômico da cafeicultura brasileira.
POLÍTICAS PARA O CAFÉ — Na terça-feira, 6 de maio, reunimo-nos com a secretária de Produção e Agroenergia do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Cleide Edvirges, por duas vezes. Na primeira, apresentamos uma pauta de reivindicações do setor e, na segunda, que também contou com a presença do diretor do Departamento do Café, Jânio Zeferino, ao sermos convidados pela Comissão Nacional do Café da CNA, defendemos interesses comuns para a cafeicultura e buscamos medidas de apoio frente à atual condição de dificuldade após dois anos de baixos preços e do veranico que afetou severamente os cafezais no começo de 2014.

Entre os assuntos tratados nos encontros, destacamos o posicionamento do presidente executivo do CNC, Silas Brasileiro, que, em debate sobre o repasse dos recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé), apontou a necessidade de, neste ano, voltarmos a atenção às cooperativas para melhorar o acesso de recursos a todos os produtores, haja vista que essa verba do Funcafé têm caráter social e, por isso, os conceitos de sua aplicação precisam ser revistos, fazendo com que chegue ao maior número possível de cafeicultores.

Ainda sobre os recursos do Fundo, os representantes do setor produtivo cobraram o Governo para que faça anúncios únicos e não segmentados, como acontecerá este ano, uma vez que os valores destinados às linhas de capital de giro (R$ 900 milhões) serão anunciados juntamente com o Plano Safra 2014/2015. Apresentar o montante total de forma unificada é fundamental para evitar expectativas no mercado, as quais são desnecessárias e geram riscos dispensáveis para os produtores.

Vale reiterar que o setor produtivo não concorda, em hipótese alguma, com a elevação de taxas para os recursos destinados às linhas de comercialização, visto que, conforme supracitado, o Funcafé tem um caráter social. Dessa maneira, os juros devem ser, efetivamente, os mesmos para as demais linhas de crédito, ou seja, 5,5% ao ano. Mesmo sendo voltados à comercialização, vale destacar que um virtual aumento nos juros elevaria o preço do café nas gôndolas e cafeterias e, por conseguinte, oneraria o consumidor final, fato que não desejamos.

Outra matéria tratada diz respeito às Resoluções BACEN nº 4.289 e nº 4.301. O setor explicou ao Governo que ambas não atenderam totalmente a demanda da cafeicultura, por isso solicitou a alteração da data estabelecida para a amortização mínima de 20% do saldo atualizado das linhas de custeio e estocagem para até 31 de dezembro de 2014. Essa medida se faz necessária, já que boa parte dos produtores não terá condições financeiras para honrar o compromisso até 30 de junho próximo, haja vista que vivenciaram um cenário de dois anos seguidos de baixos preços, que os cafezais sofreram com o veranico do começo deste ano e, ainda, que os cafeicultores não terão o produto para negociar e quitar a parcela, uma vez que o prazo para pagamento antecede a época de colheita.

A questão da prorrogação dos passivos referentes às Cédulas de Produto Rural (CPRs) também foi debatida. O setor recordou do acordo firmado com o Governo para sanar essa situação e, para isso, propôs a criação de uma linha de financiamento envolvendo um montante de R$ 200 milhões.

Por fim, os representantes da produção reiteraram a necessidade do Governo Federal honrar o compromisso firmado desde o ano passado, o qual implica reajustes anuais nos preços mínimos dos cafés arábica e robusta, situando-os sempre próximos à realidade dos custos de produção no campo. Este ano, já houve um reajuste de 15,48% no preço mínimo do conilon, que saiu de R$ 156,57 para R$ 180,80 por saca, atendendo a um pleito da cafeicultura capixaba junto à Secretaria de Produção e Agroenergia do Mapa e ao Ministério da Fazenda, que contou com o apoio do CNC.

Já o atual preço mínimo do arábica, de R$ 307,00 por saca – reajustado no ano passado após congelamento desde 2009, quando equivalia a R$ 261,69 –, está bem aquém dos custos para se cultivar, haja vista que a tabela de custo médio apresentada no ano passado era de R$ 343,00. Como em 2013 não houve cumprimento por parte do Governo com uma justa correção de preços do arábica, os produtores têm convivido com um endividamento crônico, razão pela qual o CNC continuará trabalhando para que este pleito seja atendido.

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MERCADO — Diante da aproximação do período mais intenso da colheita no Brasil, o mercado futuro de café arábica continuou operando de maneira volátil nesta semana, com tendência de queda. Agentes de mercado aguardam a colheita de volumes mais expressivos para avaliar o tamanho das perdas quantitativas e qualitativas causadas pelo veranico do primeiro bimestre.

As previsões de clima mais seco nas origens brasileiras nos próximos dias e movimentos de realização de lucros pressionaram as cotações futuras na Bolsa de Nova York. Ontem, o vencimento julho do contrato C da ICE Futures US foi cotado a US$ 1,9550, acumulando perda de 770 pontos.

Os preços futuros do robusta na Bolsa de Londres também caíram nesta semana, que foi mais curta devido ao feriado da segunda-feira na Inglaterra.  O fechamento do vencimento julho do contrato 409 deu-se a US$ 2.134 por tonelada ontem, com desvalorização de US$ 20 no acumulado dos últimos três dias.

A Associação da Indústria e Exportadores de Café da Indonésia voltou a divulgar projeções que mostram tendências de expressivo aumento do consumo naquele país, diante do aumento de renda da população. De acordo com os dados apresentados, o consumo deve crescer 33% nos próximos dois anos, saltando para 400 mil toneladas em 2016, ante as 300 mil toneladas estimadas para este ano. Com isso, haverá menos café robusta indonésio disponível para exportação. A Associação também aponta o crescimento da demanda por bebidas de melhor qualidade, já prevendo aumento da participação da variedade arábica na produção do país para 25% em três anos, ante os 19% de 2013.

No mercado doméstico brasileiro, a semana foi de baixa liquidez na comercialização, com produtores segurando as vendas diante do nível ofertado de preços para o café. Os indicadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para as variedades arábica e conilon encerraram a quinta-feira a R$ 457,59 e R$ 253,61 por saca, respectivamente, com perda acumulada de aproximadamente 2% em relação ao final da semana antecedente.

Após atingir a maior cotação do último mês na segunda feira, o dólar comercial voltou a desvalorizar-se ante o real, encerrando a quinta-feira R$ 2,2144, nível próximo ao observado no final da semana anterior. Mesmo com a redução das intervenções do Banco Central do Brasil quando o câmbio cai abaixo de R$ 2,20, o fluxo cambial positivo, a melhora dos resultados do comércio exterior chinês e o sentimento de redução nas tensões na Ucrânia motivaram a tendência de apreciação do real ante o dólar.
 

Atenciosamente,

Silas Brasileiro
Presidente Executivo do CNC

Conselho Nacional do Café — Assessoria de Comunicação
Jorn. Resp.: Paulo André Colucci Kawasaki (Mtb. 43.776 / SP)
Contatos: (61) 3226-2269 / 8114-6632 / imprensa@cncafe.com.br / @pauloandreck

Aumenta diferencial de preços entre café arábica e robusta

Divulgação: Assessoria de Comunicação Sindicafé ES

POR REDAÇÃO GLOBO RURAL

[imagem335]Aumentou o diferencial de preços entre o café arábica e robusta no mercado brasileiro. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (9/5) pelo Centro de Estudos Avançados em Economia aplicada (Cepea). O movimento está ligado à valorização do arábica ao mesmo tempo em que o robusta perde valor.

Os pesquisadores destacaram que as cotações internacionais do café arábica tiveram forte valorização na Bolsa de Nova York, em função dos problemas climáticos que atingiram a produção brasileira. No entanto, o clima não foi tão prejudicial às lavouras do robusta, cuja produção é concentrada no estado do Espírito Santo.

Diante as situação, a diferença entre as cotações das duas variedade chegou a R$ 192,68 por saca de 60 quilos em abril, o maior nível mensal desde janeiro de 2012. “Este cenário tende a favorecer a demanda pelo robusta por parte das torrefadoras nacionais”.

No acumulado de abril, o indicador do Cepea para o arábica registrou média de R$ 449,45 por saca de 60 quilos, avanço de 2,72% em relação a março. Quanto ao robusta, a média foi de R$ 256,77 a saca de 60 kg em abril, queda de 2,52% em relação ao mês anterior.

Análise do Mercado do Café: Efeito Manada, diz Marcus Magalhães

Divulgação: Assessoria de Comunicação Sindicafé ES

POR MARCUS MAGALHÃES

O dia no mercado cafeeiro foi tenso no âmbito das bolsas e marcado por fortes baixas, principalmente, em NY café. Investidores começaram o dia de forma lenta, mas no decorrer dos trabalhos, ordens de vendas foram acionadas, atingindo sell stops, deixando os patamares vigentes, sem sustentação especulativa no imediato. 

Acredito que o movimento passou dos limites do razoável e assim é possível, que tenhamos na próxima semana, operações de coberturas ante as vendas especulativas deflagradas. Como dizem: ” O movimento de manada presenciado em NY café foi baseado em terrorismos mercadológicas, totalmente, desnecessários”. 

No lado interno a semana acabou logo cedo… O setor produtivo não se intimidou com as baixas externas e literalmente, tirou o time de campo, preferindo começar o final de semana mais cedo. Os negócios não encontraram reciprocidade vendedora deixando, desta forma, as praças de comercialização dentro de um grande vazio de ofertas, expectativas e perspectivas. Bom final de semana a todos !!!

BTG Pactual estuda negociar café no mercado físico ainda neste ano

Publicação: ESTADÃO CONTEÚDO
Divulgação: Assessoria de Comunicação Sindicafé ES
Medida integra estratégia de expansão no mercado de commodities
[imagem334] O BTG Pactual deve começar a negociar café no mercado físico neste ano, como parte da estratégia de expansão do banco de investimentos no mercado de commodities, informou uma fonte ligada ao assunto nesta terça-feira. Traders do banco devem comprar café de produtores e vender a clientes, como torrefadoras.


A expansão do negócio de commodities do BTG Pactual ocorre justamente no momento em que muitos bancos norte-americanos e europeus estão reduzindo ou eliminando atuação comercial no segmento. O banco de investimento já atua nos mercados de energia, metais e grãos. “Tudo está no lugar” para que o BTG Pactual inicie a operação com café, disse a fonte.

O banco enfrentará grandes tradings justamente em um ano-safra em que se espera uma redução da oferta de café no Brasil. Uma forte seca durante o verão afetou o desenvolvimento das lavouras no País, fornecedor de cerca de um terço de toda a produção mundial da commodity.

No ano passado, o banco havia informado que investiria na unidade de commodities, sem detalhar quantas pessoas seriam contratadas. Em divulgação de resultados referente ao quatro trimestre de 2013, o BTG Pactual mostrou que o segmento contribuiu para um crescimento de 31% nas receitas dentro da área de sales and trading (tesouraria e corretagem) na comparação do quarto com o terceiro trimestre.

Governo libera R$ 2,925 bilhões para Funcafé em 2014

Publicação: ESTADÃO CONTEÚDO
Fonte: Portal Revista Globo Rural
Divulgação: Assessoria de Comunicação Sindicafé ES

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Recursos são para custeio, financiamento e estocagem de café


O Conselho Monetário Nacional (CMN) informou nesta sexta-feira (25/4) que o Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) terá orçamento de R$ 2,925 bilhões para 2014. O montante estará dividido em recursos para estocagem (R$ 1,3 bilhão), operações de custeio (R$ 845 milhões), financiamento para aquisição de café (R$ 750 milhões), financiamento para recuperação de cafezais danificados (R$ 20 milhões) e financiamento de contratos de operações em mercados futuros (R$ 10 milhões). A resolução foi divulgada na manhã desta sexta-feira, 25, pelo Banco Central. A reunião do CMN começou na tarde de quinta-feira (24/4), mas a decisão dos ministros que compõem o conselho só foi divulgada hoje.