Uganda quer aumentar o consumo local de café
A Autoridade de Desenvolvimento do Café de Uganda (UCDA) colocou em prática estratégias para melhorar a qualidade do café processado.
O gerente de qualidade e regulamentação, Edmund Kananura, disse que a UCDA está preocupada porque a Uganda é o segundo maior produtor de café da África e o 10º a nível mundial, mas 98% de seu café são exportados. Ele disse que o baixo consumo local da bebida poderia ser devido à percepção negativa que as pessoas do país têm com relação ao café, que ele disse que emana de informações erradas passadas aos consumidores com relação a riscos relacionados à saúde entre os consumidores.
Kananura disse aos jornalistas na festa do café no Forest Mall, em Lugogo, que a UCDA está envolvida em sensibilizar os consumidores locais sobre os benefícios do café para a saúde e explicar os mitos relacionados ao café como bebida. Na festa, as pessoas foram servidas com café torrado de graça que foi moído no local e uma equipe educou os consumidores sobre as melhores marcas e variedades e sobre como preparar uma boa xícara de café. O tema da festa, “Drinking Coffee is Healthy” (Beber Café é Saudável”) visa persuadir e convencer as pessoas a tomar café mais regularmente.
As marcas de café na festa incluíram Elgon Pride, Savannah Express, Bugisu Gold, White Mountain, Star Café e Star Coffee, entre outros, que vendem grãos de café torrado e moído.
Outras estratégias incluem treinar os torrefadores e preparadores de café, como estudantes, que podem ser empregados em cafés locais. Os trabalhadores nas indústrias de processamento também são algo, de forma que eles podem aumentar a qualidade do produto processado.
Aumentar o consumo local também ajuda a dar emprego a pessoas que trabalham nas indústrias locais e economiza dinheiro que o país perde quando exporta café não processado.
No Brasil, que produz 50 milhões de sacas de café anualmente, por exemplo, as pessoas consomem 50% do produto, diferentemente da Uganda, onde muitos produzem o café principalmente como colheita para consumidores estrangeiros.
A autoridade também quer medidas para eliminar marcas abaixo do padrão no mercado local, o que desestimula o consumo local. Essas incluem companhias que processam café de classificações baixas e outras que transformam cascas em pó e vendem. “É importante treinar os preparadores de café e os torrefadores em cafeterias e supermercados que são capazes de preparar a bebida em um padrão recomendado e quem pode identificar marcas de boa qualidade aos consumidores”, disse Kananura.
As pessoas deveriam tomar pelo menos duas a três xícaras de café por dia para melhorar sua saúde, estimular as células do cérebro para reduzir perda de memória, reduzir os riscos de câncer e de doenças no coração.
A reportagem é do AllAfrica.com, traduzida e adaptada pela Equipe CaféPoint.
Fonte: Web Café Point