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Indicações Geográficas: potencial ainda pouco explorado no país
Na teoria, era para ser a oportunidade de ouro para produtores rurais ampliarem seus negócios, mas na prática, a certificação por indicação geográfica tem despertado o interesse de pouquíssimos, que não deixam de ampliar seus negócios. Criada para dar mais status a produtos típicos do país, como é feito rotineiramente no exterior, a titulação é recente no Brasil e, devido à falta de conhecimento, muitos têm deixado de lado a busca pelo selo. Enquanto isso, aqueles que obtiveram o reconhecimento conseguem agregar mais valor para explorar mercados fora do estado de origem e, principalmente, no exterior.
O primeiro título concedido pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi) a um produto mineiro foi dado em 2005. O método como o café é produzido em 55 municípios do cerrado de Minas foi aprovado. À época, o reconhecimento era uma forma de o estrangeiro valorizar o produto típico, como é feito com o charuto cubano, vinho italiano, queijos franceses, holandeses, italianos e suíços e milhares de produtos mundo afora. Passada quase uma década, no entanto, somente 200 dos cerca de 5 mil produtores da região ( 4%) estampam o selo “Região do Cerrado Mineiro” no produto, segundo o Conselho das Associações dos Cafeicultores do Cerrado (Caccer).
Um desses produtores é o empresário do Grupo Jatobá, Thiago Veloso da Motta Santos, responsável pela marca Sollo. De olho num mercado cada vez mais exigente, ele acredita que o selo é uma forma de ter um diferencial para o consumidor: a garantia de que aqueles grãos são mesmo produzidos com especificações próprias. No caso do café do cerrado, além de estar numa área demarcada, é necessário ser do tipo arábico; plantado em altitude superior a 800 metros; usar um armazém credenciado, respeitar leis ambientais e sociais e, por último, somar pelo menos 80 pontos na nota de qualidade da Associação Americana de Cafés Especiais. “É um selo extremamente importante para delimitar a região produtora. É uma região única no mundo. Já consagrada como elevadíssima qualidade dos cafés, assim como os vinhos portugueses e outros tantos produtos”, afirma o produtor, que, além do selo nacional, tem uma certificação internacional de sustentabilidade emitida pela Rede de Agricultura Sustentável e outra pela maior rede de cafeterias do mundo, a Starbucks.
A marca é exportada para os Estados Unidos, a Europa e o Japão e a tentativa é de abrir o mercado chinês. Segundo o empresário, devido à difusão de outros títulos no exterior – a China tem mais de 4 mil indicações geográficas, por exemplo -, o selo nacional se torna um diferencial para facilitar a abertura de portas, enquanto no Brasil clientes mais sofisticados procuram a certificação. Apesar de não saber quantificar quanto a mais o selo incrementou no valor do produto, o empresário reafirma que sem dúvida ele é um fator preponderante para a marca. “Principalmente para consumidores de cafés finos. A indicação geográfica é chave para conquistar esse público”, relata Thiago Veloso.
Argumento de venda
No caso do café, o fato de parte dos produtores não buscar a certificação não significa que o produto é de menor qualidade. Todos os cafeicultores da região têm uma porcentagem de café que atende todos os requisitos, segundo o diretor de Marketing do Conselho das Associações dos Cafeicultores do Cerrado, Juliano Tarabal, mas muitas vezes o produto é comercializado como uma commodity qualquer.
Ele afirma que, apesar de as associações incentivarem a procura do selo, se trata de um processo “muito novo” no Brasil, o que o torna pouco familiar para a maioria dos produtores e consumidores. “É uma ferramenta a mais para crescer o mercado quando a cooperativa estiver fazendo a negociação. O selo é uma argumentação de venda muito importante. Tem mercado inclusive que paga bom ágio”, afirma.
Entre os requisitos que levam o consumidor a buscar produtos certificados está a padronização. Com as regras de produção, segundo o gerente de Negócios do Super Nosso, Hamilton Almeida, é possível ter certeza de que se encontrará um produto de qualidade, livre de pragas e analisado por órgãos governamentais. “O exemplo mais próximo que temos do valor agregado são os produtos orgânicos, que seguem rigoroso método de produção”, afirma.
As informações são do Estado de Minas e do INPI, adaptadas pela Equipe CaféPoint.
Fonte: Portal Café Point.
Incaper é homenageado na comemoração dos 100 anos do conilon no ES
O Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), foi homenageado nesta segunda-feira (12) durante a solenidade de comemoração dos 100 anos do conilon no Espírito Santo. O evento foi realizado pela Secretaria de Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag) no auditório do Centro do Comércio do Café de Vitória (CCCV), no Palácio do Café.
O diretor-presidente do Incaper, Evair Vieira de Melo, recebeu em nome do Instituto um troféu da artista plástica Ana Paula Castro, que simboliza os armazéns, as lavouras e a bebida. “Esta homenagem deve ser compartilhada com todos os cafeicultores capixabas. O laboratório onde toda a tecnologia do conilon foi desenvolvida são as propriedades rurais. Trabalhando debaixo de sol e chuva, nossos cafeicultores ajudam a fazer do Espírito Santo uma referência mundial quando o assunto é o café conilon”, disse Evair.
A importância da atuação do Incaper para o desenvolvimento da cafeicultura no Espírito Santo foi destacada durante toda a solenidade. Após receber a Comenda Jerônimo Monteiro, o cafeicultor Dario Martinelli destacou em seu discurso: “O Incaper tem um trabalho fenomenal de pesquisa em nossa cafeicultura, e entrega desses resultados aos produtores por meio da extensão rural. Graças a isso, os cafeicultores estão em situação confortável. Nossa paixão pelo conilon vai nos levar ainda mais longe”, emocionou-se Martinelli.
“Os melhores pesquisadores, os melhores extensionistas do mundo estão no Espírito Santo. Nós temos paixão pelo café, amor pela lavoura. Essa é a nossa identidade”, elogiou o Governador Renato Casagrande. O secretário de Agricultura, Enio Bergoli, orgulhou-se: “O Incaper construiu junto com os produtores, uma história de parceria, sem vaidade, compartilhando conhecimentos e construindo esse patrimônio cujo centenário é celebrado aqui”.
O Incaper e a cafeicultura
Os trabalhos do Incaper foram de grande importância para o desenvolvimento da cafeicultura no Espírito Santo. O Estado produz 74% da safra nacional de conilon. A espécie está presente em 40 mil propriedades de 64 dos 78 municípios capixabas. As lavouras ocupam mais de 300 mil hectares do território capixaba, com uma produção de 9,7 milhões de sacas. O conilon emprega em torno de 250 mil capixabas, e é responsável por 30% de toda a renda rural capixaba. A maior parte do acervo científico e tecnológico gerado pelas pesquisas para a cafeicultura do conilon nos últimos 20 anos está no Incaper. É atribuído ao Instituto o maior esforço de transferência de tecnologia dispensado ao conilon por meio da rede de extensão rural, com a utilização de inúmeras metodologias, publicações técnicas e 190 jardins clonais.
As informações são da Incaper, adaptadas pela Equipe CaféPoint.
Fonte: Portal Café Point.
Municípios do ES são os maiores produtores de café do país, segundo IBGE
[imagem131] Os municípios de Jaguaré, Vila Valério e Sooretama são, respectivamente, 1º, 2º e 3º colocados no ranking nacional de produtores de café, segundo a pesquisa de Produção Agrícola Municipal (PAM) de 2011, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta semana. A pesquisa mede as variáveis fundamentais da safra dos 64 principais produtos de lavouras temporárias e permanentes da agricultura nacional, com detalhamento municipal.
O Espírito Santo é o segundo maior produtor de café do país, segundo IBGE. O município de Jaguaré, na região Nordeste, foi o maior produtor, com 39,9 mil toneladas, seguido de Vila Valério, no Centro-Oeste, com 39,4 mil toneladas e Sooretama, na região do Rio Doce, com 32,6 mil toneladas. No ranking nacional, ainda se destacam os municípios de Nova Venécia, Linhares, Pinheiros e Rio Bananal como 5º, 7º, 8º e 10º colocados, respectivamente.
Com 26,3% de participação na produção nacional, o estado apresenta predominância da espécie canephora (conilon e clones). Segundo o IBGE, “desde o final de 2010, as condições meteorológicas estiveram francamente favoráveis e a produção total do estado (arábica + conilon) fechou a safra de 2011 com um aumento de 15%, 709.496 toneladas (11,8 milhões de sacas), fruto do rendimento médio de 25,3 sacas por hectare, o maior do país, consideradas as duas espécies em conjunto”. Houve uma diminuição da área colhida (-1,3%) e o valor da produção no estado aumentou 68%, passando de R$1,8 bilhão em 2010 para R$ 3,7 bilhões em 2011.
As informações são do G1, adaptadas pela Equipe CaféPoint.
Fonte: Portal Café Point
Brasileiros são premiados em Campeonato Mundial de Baristas
Dois brasileiros fizeram bonito nos campeonatos mundiais de Latte Art e Coffee in Good Spirits, realizados em Seoul, na Coréia do Sul, dentro do World Coffee Events, plataforma que congrega diversas competições profissionais relacionadas ao universo do café.
A curitibana Graciele Rodrigues, do Lucca Cafés Especiais, amedalhou a segunda colocação no World Latte Art Championship. Campeã brasileira nas categorias barista e Latte Arte no evento promovido pela Associação Brasileira de Café e Barista (ACBB) no 7º Espaço Café Brasil – Feira Internacional de Café, no começo de Outubro, Graciele competiu com mais de vinte profissionais de todo o mundo.
No concurso de coffee in good spirits, que avalia a técnica na junção de bebidas alcóolicas com café, Luiz Ubirajara Gomes, profissional do Otávio Café, de São Paulo, garantiu a quinta colocação. Ele teve oito minutos para preparar dois Irish Coffee e outros dois drinques assinados. O campeão da categoria foi Akos Oros, da Hungria.
O Brasil contou ainda com a participação de Rafael Godoy, do Suplicy Cafés Especiais, na disputa de melhor barista internacional.
As informações são do Uol, adaptadas pela Equipe CaféPoint.
Fonte: Portal Café Point
Dicas importantes para começar a exportar cafés diferenciados
Vender para o mercado externo é um grande passo para micro e pequenas empresas. Segundo especialistas, ter um produto inovador, especial ou com diferenciais, em muitos casos, não é o bastante. A empresa precisa estar plenamente estruturada e ter conhecimento do país para o qual vai exportar.
O pequeno produtor de café Luca Allegro, 47, exporta há nove anos e diz que conquistar a confiança dos importadores foi sua maior dificuldade. A estratégia para convencer os compradores externos foi trazê-los para a fazenda, em Ibicoara (BA), e explicar todo o processo produtivo. Ter domínio sobre o idioma inglês facilitou a tarefa.
A seu favor, Allegro tem certificações internacionais de produção orgânica (sem uso de agrotóxicos) e biodinâmica (ambiente sustentável). “As certificações abrem portas. Meu produto é muito mais valorizado no mercado externo do que no interno. O que as pessoas lá fora querem é excelência na qualidade e detalhes de produção que tornem a mercadoria diferente”, afirma.
Atualmente, Allegro exporta 70% dos 120 mil kg de café produzidos anualmente para os Estados Unidos e Inglaterra. No próximo ano, ele pretende ampliar a capacidade produtiva em 30%. “Se tivesse uma produção maior, venderia mais. A demanda está maior do que a oferta”, diz.
Veja 5 dicas para preparar sua empresa para exportar
1 – Produto diferenciado
Mercadoria se destaca pela inovação, seja no produto, embalagem ou processo produtivo
2 – ‘Arrumar a casa’
Ter controle da produção e da quantidade que a empresa consegue exportar
3 – Pesquisar mercado
Conhecer diferenças culturais do país destinatário para adequar o produto e formar o preço de venda
4 – Certificações
Em alguns países, determinadas mercadorias, principalmente alimentos, necessitam de selos de qualidade para serem importados
5 – Participação em eventos
Ir à feiras e eventos internacionais ajuda a conhecer importadores e à fortalecer o networking
Feiras e eventos internacionais ajudam a identificar mercados
Identificar oportunidades de negócio fora do país de origem exige pesquisa e networking. Segundo a coordenadora da unidade de acesso a mercados e serviços financeiros do Sebrae Bahia, Suely de Paula, o melhor caminho para conhecer novos mercados é frequentar de feiras e eventos que reúnam empresários estrangeiros.
Consultar estudos feitos pela Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) e participar de viagens internacionais organizadas pelos governos estaduais e federal também auxiliam na identificação de mercados. “É a melhor maneira de conhecer compradores futuros. Não dá para negociar com quem você não conhece”, declara.
Produto diferenciado é mais competitivo
Ter um produto diferenciado é fundamental para começar a exportar. Para a coordenadora do Sebrae Bahia, as micro e pequenas empresas não têm volume de venda para concorrer no mercado externo, pois a capacidade produtiva é limitada. “A inovação é fundamental, seja no produto, na embalagem ou no processo de produção”, afirma.
Com uma mercadoria diferenciada, a empresa tem de “arrumar a casa” para o início das exportações. A primeira etapa é ter controle de produção. O empresário precisa saber o quanto produz e a porcentagem que consegue exportar.
Depois, é preciso avaliar a logística de exportação, formação do preço de venda e idioma do país de destino. De Paula recomenda que micro e pequenos empresários priorizem negócios com países de língua portuguesa – como Portugal, Angola e Cabo Verde – ou de idiomas dos quais tenham domínio. “O desconhecimento da língua é uma barreira [nas negociações].”
Formar preço para mercado externo é dificuldade comum
De acordo com o vice-presidente executivo da AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil), Fábio Martins Faria, é comum empresas começarem a exportar, mas interromperem as operações em pouco tempo por falta de planejamento. Um dos maiores problemas é a formação de preço de venda para o mercado externo.
Faria diz que alguns tributos do mercado interno, como ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) e IPI (Imposto sobre Produto Industrializado), não incidem sobre uma exportação. Os impostos locais são arcados pelo importador e não influencia o preço de venda do exportador.
Por outro lado, o empresário terá de considerar despesas específicas da operação, como taxa portuária e seguro da mercadoria. “Se for adotada a mesma prática do mercado interno, o produto chega muito caro lá fora e não se torna competitivo”, declara.
Empresa precisa de registros e estudar país destinatário
Para ser exportadora, a empresa precisa solicitar registros na secretária de comércio exterior, ligada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e na Receita Federal.
Há, também, a possibilidade de utilizar uma “trading company” – empresa intermediária na negociação com mercados externos. Nesse caso, não é preciso registro nos órgãos públicos, mas a “trading” cobra uma porcentagem sobre a venda, o que reduz o lucro do empresário.
Segundo Faria, além da parte burocrática, o empresário deve estudar o cliente antes de exportar. Rotular o produto e construir um site também no idioma oficial do importador é recomendável. Mas conhecer a cultura do país de destino é ainda mais importante.
Iniciativas federais facilitam início de exportações
Para dar capacitação aos pequenos empresários que queiram iniciar processo de exportação, o Ministério do Desenvolvimento oferece desde 2007 o programa Primeira Exportação. São nove estados participantes (BA, ES, GO, MG, PR, PE, RJ, RN e SC) e as inscrições podem ser feitas gratuitamente pela internet.
Há ainda outros canais de apoio. O Aprendendo a Exportar é um portal com instruções sobre leis de exportação e dicas para as empresas. Já na Vitrine do Exportador, o empresário pode disponibilizar informações sobre seu produto e ser encontrado com mais facilidade pelo importador.
As informações são do UOL, adaptadas pela Equipe CaféPoint.
Fonte: Portal Café Point
Falta de chuvas preocupa cafeicultores de SP e MG
A falta de chuvas regulares e com bons volumes tem preocupado os produtores de café de São Paulo e Minas Gerais. Em algumas regiões do cerrado mineiro e também do triângulo não chove há mais de 15 dias e os cafezais já começam a sentir esta estiagem, principalmente em bons volumes, para suprir toda a demanda hídrica da planta. Até porque os cafezais em plena fase de desenvolvimento do chumbinho necessitam que os solos estejam com boa capacidade hídrica, uma vez que essa é uma das fases que mais demanda água pela planta.
Além da falta de chuvas regulares, o forte calor registrado ao longo dessa última semana, quando foram observadas temperaturas superiores a 35C na maioria das regiões produtoras, vem causando um enegrecimento dos chumbinhos e até uma queda prematura dos mesmos. Porém, diz ainda a Somar, como são casos isolados não há como diagnosticar se haverá ou não uma quebra acentuada na produção. Ainda mais que havia a previsão de chuvas para todas as regiões cafeeiras nesse final de semana de feriado, mas essas chuvas não ocorreram e seocorreram foram de baixa intensidade e bem localizadas, não atingindo muitas vezes a propriedade inteira, colocou a Somar. Desse modo, os cafezais sentem os efeitos dessa seca e muito provavelmente haverá reduções nos potenciais produtivos para a safra 2013, prevê.
Segundo a Somar, não estão previstas chuvas para essa semana em nenhuma região. Apenas poderá ocorrer, mais uma vez, pancadas isoladas e de baixa intensidade, o que não irá suprir a demanda hídrica da planta. Chuvas deverão vir somente no final de semana, aponta a Somar, com volumes previstos oscilando entre 10 e 30 mm, quantidade insuficiente também para repor toda a umidade do solo e garantir uma mínima quantidade de água para que os cafezais possam aguentar por mais uns 10 dias os baixos índices pluviométricos, indica.
Segundo os modelos de previsão, essa primeira quinzena de novembro deverá ter esse padrão de chuvas, uma vez que os maiores volumes de chuvas irão ocorrer sobre a região centro-norte do Brasil. E, com a falta de chuva, as temperaturas tendem a subir novamente ao longo desse período, estima.
As informações são do CNA e do boletim agrometeorológico da Somar, adaptadas pela Equipe CaféPoint.
Fonte: Portal Café Point
Após sequência de recuo, perspectiva de crédito sobe 0,4%
Para a Fecomércio-ES, a expectativa é que no início de 2013 os avanços em relação a perspectiva de crédito sejam mais expressivos
A perspectiva de crédito ao consumidor subiu pela segunda vez consecutiva, em setembro. O Indicador apresentou um crescimento de 0,4% e atingiu 96,4 pontos, segundo pesquisa da Serasa Experian. Desde outubro de 2011 este índice exibia sequência de queda, sendo revertido em agosto e setembro deste ano.
Na avaliação da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Espírito Santo (Fecomércio/ES), as concessões de crédito ainda devem continuar brandas, já que os consumidores estão aproveitando as taxas de juros mais baixas e o momento favorável do mercado de trabalho para quitar dívidas. A expectativa é que o setor volte a crescer a partir do início de 2013.
As instituições financeiras elevaram o rigor na admissão de crédito, em compensação o consumidor tenta diminuir a inadimplência antes de voltar às compras. Os níveis de capixabas endividados devem frear e proporcionar uma recuperação mais definida nas concessões de crédito no início de 2013, diz José Lino Sepulcri, presidente da Fecomércio/ES.
Já em relação às empresas, o indicador sofreu leve recuo de 0,2%, e marcou 100,3 pontos. Apesar disso, as concessões de crédito às empresas devem seguir a trajetória de crescimento junto à atividade econômica, ao longo de 2013.
Fonte: Assessoria de Comunicação Fecomércio-ES
Prejuízos da bolsa de NY começam a ser calculados
A passagem do furacão Sandy pela costa leste americana, praticamente paralisou a cidade de Nova Iorque, coração da economia americana. A ICE Futures US, a bolsa de Nova Iorque, onde são negociados os contratos de café, operou com bastante restrição, sendo que no início da semana apenas o pregão eletrônico trabalhou. Agora os prejuízos começam a ser calculados e trazem mais pessimismo para com a economia americana, que vinha se reorganizando com dificuldades.
Com esse cenário, os contratos de café na ICE, que já vinham pressionados, tiveram mais uma semana de queda. Também contribuiu para o quadro o início da rolagem de contratos de dezembro para março.
No físico brasileiro cada novo negócio demanda muita negociação, mas aos poucos eles vão se concretizando e os embarques brasileiros em outubro ficarão acima dos de setembro. Não compactuamos com as análises que apontam para uma retenção da safra por parte dos cafeicultores. Eles vendem à medida de suas necessidades de caixa e há um claro equilíbrio entre oferta e procura. Se existisse uma retenção e, portanto um mercado comprador pressionando as cotações, elas estariam subindo e não escorregando com a intensa disputa de fundos e especuladores na bolsa de Nova Iorque.
Os produtores brasileiros acompanham de perto a situação dos cafezais, sabem o que podem esperar da próxima safra, e que praticamente não existem estoques remanescentes. Acreditam no mercado, investiram muito em suas lavouras para aumentar a produtividade e a qualidade, compensando parte do forte aumento de custos e mão de obra no Brasil. Agora não parecem dispostos a ceder ante discursos de que o café brasileiro está caro e fora da realidade.
Produzir com qualidade e sustentabilidade os grandes volumes de café necessários para atender as exigências dos novos consumidores neste início do século vinte e um exige patamares de preços acima dos que eram praticados na segunda metade do século passado. O Brasil, os consumidores e a dinâmica do comercio internacional mudaram profundamente. Não é mais possível para a cafeicultura brasileira praticar os diferenciais de venda contra Nova Iorque a que nossos consumidores estavam acostumados.
Até o dia 31 os embarques de outubro estavam em 2.132.271 sacas de café arábica e 45.582 sacas de café conillon, somando 2.177.853 sacas de café verde, mais 236.755 sacas de café solúvel, contra 1.903.411 sacas no mesmo dia de setembro. Até o dia 31, os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em outubro totalizavam 2.792.082 sacas, contra 2.390.339 sacas no mesmo dia do mês anterior.
A bolsa de Nova Iorque – ICE, do fechamento do dia 26, sexta-feira, até o fechamento da última quinta-feira (01) caiu nos contratos para entrega em dezembro próximo, 430 pontos ou US$ 5,69 ( R$ 11,57 ) por saca. Em reais por saca, as cotações para entrega em dezembro próximo na ICE fecharam no dia 26 a R$ 422,77/saca e hoje, dia 1 a R$ 412,67/saca. Nos contratos para entrega em dezembro, a bolsa de Nova Iorque fechou com baixa de 120 pontos. No mercado da semana passada, são as seguintes cotações por saca, para os cafés verdes, do tipo 6 para melhor, safra 2012/2013, condição porta de armazém:
R$400/405,00 – CEREJA DESCASCADO – (CD), BEM PREPARADO.
R$380/390,00 – FINOS A EXTRAFINOS – MOGIANA E MINAS.
R$370/380,00 – BOA QUALIDADE – DUROS, BEM PREPARADOS.
R$350/360,00 – DUROS COM XÍCARAS MAIS FRACAS.
R$340/350,00 – RIADOS.
R$320/330,00 – RIO.
R$330/340,00 – P.BATIDA P/O CONSUMO INT.: DURA.
R$310/320,00 – P.BATIDA P/O CONSUMO INT.: RIADAS.
DÓLAR COMERCIAL DE QUINTA-FEIRA: R$ 2,032 PARA COMPRA.
As informações são do Escritório Carvalhaes e de Notícias Agrícolas, adaptadas pela Equipe CaféPoint.
Fonte: Portal Café Point
Colômbia não alcançará meta para o café em 2013
A produção de café da Colômbia deve crescer em 2013, mas não o suficiente para cumprir a meta da federação dos cafeicultores, que é de pelo menos 10 milhões de sacas de 60 kg, segundo a associação dos exportadores de café do país.
O grupo disse que muitos produtores não têm condições financeiras para adquirir fertilizantes, e que por isso a produção não deve alcançar a meta.
Maior produtor mundial de café arábica de alta qualidade, a Colômbia há anos descumpre suas metas de produção, por causa de fatores climáticos e de pragas nos cafezais.
A produção foi de 8,5 milhões de sacas em 2012, e deve saltar para 9 milhões no ano que vem. Mas o aumento nos custos de produção e o baixo preço do café no mercado estão afetando as margens de lucro dos cafeicultores, e isso contribui para manter baixo o uso de fertilizantes, segundo Carlos Ignácio Rojas, diretor-executivo da entidade privada Asoexport.
“É um grande desafio chegar a 10 milhões de sacas”, disse Rojas à Reuters na quinta-feira em Cartagena. “Não podemos controlar as decisões dos produtores. Se eles reduzirem a fertilização agora, veríamos os efeitos em 2013.”
A federação colombiana dos cafeicultores previu em meados de outubro que, graças à melhora nas condições climáticas, a próxima safra poderia chegar a 10 milhões de sacas.
Rojas disse que os proprietários de cerca de 200 mil hectares de cafezais renovados em 2007, 2008 e 2009, que já começaram a frutificar, deveriam estar fertilizando seu solo agora, mas que muitos decidiram poupar ou eliminar o uso de agroquímicos.
“Até mesmo os grandes cafeicultores não conseguem fertilizar, porque estamos vendendo os grãos com prejuízo”, disse o cafeicultor Juan Álvaro Arboleda, que cultiva 300 hectares na província de Antioquia (norte). “Precisamos começar a sacrificar a renovação, a fertilização e outros gastos.”
As informações são da Reuters, adaptadas pela Equipe CaféPoint.
Fonte: Portal Café Point
Sul de Minas: cafeicultores de Três Pontas perdem suas propriedades em função de dívida agrícola
Em Três Pontas (MG), florada do café foi boa, mas pegamento ficou aquém do esperado em função da bianualidade. Próxima safra do município pode ser até 25% menor em relação à anterior.
Preços estão abaixo do custo de produção, que gira em torno de R$350, enquanto preço médio do café é de R$320. Café extra fino é negociado a R$345.
Sem capital, investimentos por parte do produtor tendem a diminuir no próximo cultivo. De acordo com o presidente do Sindicato Rural de Três Pontas, Gilvan Mendonça Mesquita, produtor trabalha há 13 anos abaixo do custo de produção e atualmente não tem crédito para obter recursos em banco. “Produtor trabalha sem dinheiro e abaixo do custo de produção”, afirma.
Ainda de acordo com Mesquita, mais de 400 contratos agrícolas de produtores estão sendo executados pela União. “Dívidas agrícolas foram transformadas em dívidas da União e estão sendo executadas. Muitos produtores já perderam suas propriedades”, alerta.
Segundo o sindicalista, o produtor rural que se encontrar em processo de execução de dívida agrícola pode encontrar orientação jurídica no Sindicato Rural.
As informações são de Notícias Agrícolas, adaptadas pela Equipe CaféPoint.
Fonte: Portal Café Point