MG: produção de pimenta, intercalada com café, garante renda extra a agricultores

*Fonte: Notícia do portal Café Point
 
Em Minas Gerais, a produção de pimenta está presente em 57 municípios, dentro da realidade da agricultura familiar. Na região de Monte Carmelo, onde estão oito agroindústrias de pequeno e médio porte, novas variedades vão sendo testadas, incluindo a pimenta que chega ser mil vezes mais ardente do que a conhecida malagueta.

Nos pequenos espaços entre os talhões de café, a produtora Aparecida dos Reis Dias cuida das plantações de pimenta. Filhos e sobrinhos, nas horas de folga, se juntam para ajudar na colheita.

Três são filhos e dois são sobrinhos. Eles estudam, mais é diversão do que trabalho, porque eles gostam, pensam em crescer e gostam de trabalhar. Se fosse para colocar gente pra colher a gente ia abandonar, porque não tem como — diz a produtora.

O cultivo integrado café-pimenta proporciona uma renda a mais. Cada variedade, segundo Aparecida, tem um preço diferenciado.

Tem a Comari Amarela, ela hoje está por volta de R$ 3 o pet, tem a pimenta doce, que é de bico, ela está R$ 4,50 hoje. A bode vermelha está R$ 5, só que a gente gasta mais do que pega.

Para implantar um hectare de pimenta, o custo passa de R$ 5 mil, sem contar a mão de obra para colheita. Se não for familiar, a mão de obra pode comprometer até 50% da receita. Os desafios do setor passam por mudanças na forma de comercialização. Até a tradicional garrafa pet — na qual o produto é entregue, em uma mistura que leva principalmente vinagre e sal — vai sair do mercado.

A questão das pets, apesar de ser muito prático para o produtor, a tendência ela ser substituída por bombonas, por uma questão sanitária. As grandes indústrias já trabalham com bombona só — afirma o agrônomo Roberto Pena, da Emater/MG.

As bombonas têm capacidade para armazenar 100 kg de pimenta, ensacadas dentro das normas sanitárias. O produtor Wilton Abreu Malta carregou, na semana passada, 20 mil garrafas pet de pimenta, que foram para o mercado de Minas Gerais e São Paulo.

A gente vendeu na faixa de R$ 5,57, R$ 5,58, varia de acordo com a pimenta. A habanero grandona, o pessoal cata bastante por dia. A gente vende o quilo dela a R$ 3,50. Em relação ao ano passado, o mercado está crescendo bastante — avalia Malta.

As informações são do Canal Rural adaptadas pelo CaféPoint.