Estabilidade do comércio no PIB decepciona
Divulgação: Assessoria de Comunicação Sindicafé ES
Nível de atividade comercial ficou estagnado entre julho e setembro, aponta economista da CNC. Para ano que vem, expectativa da entidade é de crescimento de 2,1% do Produto Interno Bruto
De acordo com os dados das contas nacionais divulgados hoje pelo IBGE, a economia brasileira encolheu 0,5% no terceiro trimestre de 2013, na comparação com os três meses imediatamente anteriores. Pela ótica da produção, o destaque negativo foi a agropecuária (-3,5%) e, pelo lado da demanda, o setor externo (-1,3%). Na comparação com o mesmo trimestre de 2012, houve alta de 2,2%, com destaque para o setor terciário (+2,2%) e para a formação de capital (+7,3%). No acumulado dos últimos quatro trimestres, o Produto Interno Bruto (PIB) acumula alta de 2,3%, totalizando R$4,72 trilhões.
De acordo com Fabio Bentes, economista da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o resultado ruim do 3º trimestre para os serviços e para economia como um todo já era esperado. Decepção maior foi a estabilidade do comércio – apesar do ritmo mais forte das vendas em relação à primeira metade do ano, o nível de atividade comercial ficou estagnado entre julho e setembro, afirma. Segundo ele, a expectativa é de que o PIB cresça 2,3% este ano puxado pela agropecuária. Para o ano que vem, a expectativa da CNC é de que haja crescimento de 2,1% do PIB.
Comércio e consumo das famílias
Mesmo com a recuperação das vendas, o nível de atividade comercial ficou estável em comparação ao segundo trimestre do corrente ano, interrompendo uma sequência de quatro altas seguidas (variação de +2,4% ante o terceiro trimestre do ano passado) e mostrando desaceleração ante os 3,4% da leitura anterior. Atualmente, o comércio representa 10,8% do valor anual adicionado pela produção nacional. O consumo das famílias voltou a contribuir positivamente para o PIB oscilando +1,0% em relação ao trimestre anterior e +2,3% sobre o terceiro trimestre de 2012.