Dirigente dedicado, trabalhador...
Nascido em Laranjal, Minas Gerais.
O Filho de José Venâncio da Costa e Juracy Costa herdou da família o perfil empreendedor: os pais eram proprietários de uma mercearia na Zona da Mata mineira.
Pai de cinco filhos, oito netos, um bisneto… Todos muito bem criados.
Viúvo da Sra. Cleusa Pimentel da Costa, a quem sempre se aconselhou antes de tomar qualquer decisão.
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Um amor herdado de família e a certeza pela busca da qualidade do café há anos atrás: prazer, seu nome é Salvador Venâncio da Costa. Numa entrevista descontraída, o atual presidente do Sindicato do Comércio de Café em Geral do Estado do Espírito Santo (Sindicafé), nos proporciona fazer uma viagem pelo mundo do café. O Sr. Salvador é um personagem de grande relevância sobre a história do Estado, em especial desse grão precioso que faz a economia capixaba prosperar a cada ano, o café. Com 80 anos, dentre várias conquistas historicamente registradas, cita-se a época em que era o presidente do Centro do Comércio de Café de Vitória (CCCV) quando foi inaugurado o Palácio do Café, em 1987.
Sim, era o Sr. Venâncio o presidente do CCCV, lá na década de 80, quando foi inaugurado o edifício designado pelos comunicadores da época, como um formato exterior que se assemelhava a um classificador de café, falavam sobre o Palácio do Café. E pense bem, qual outra segmentação do agronegócio capixaba possui um Palácio? Se existe palácio, tem rei, tem sua magnitude e tem sua importância dentro do cenário econômico deste Estado, que possui um enorme potencial de crescimento em todas as instâncias, principalmente na cafeicultura.
Naquela época, em arquivos de 9 de outubro de 1987, o jornal A Gazeta, fez um caderno especial, carimbado como Suplemento Especial A Gazeta, onde o visionário e estratégico Sr. Venâncio já dizia: a nova sede deverá atender às empresas de exportação de café que, desde a construção da primeira sede do Centro, em 1957, vem trabalhando agrupadas no mesmo local. Sempre com o foco em centralizar as ações do café, o nobre senhor trouxe contigo a crença de que toda a cadeia produtiva deveria se fortalecer em conjunto para aquecer o desenvolvimento da cafeicultura do Espírito Santo. E desde lá, já se falava sobre a tal qualidade, que hoje é tópico especial na discussão para o crescimento da cadeia produtiva cafeeira capixaba.
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Desde o século passado, quando cuidava dos bens familiares que incentivava o plantio para ter uma colheita de qualidade, a degustação e a exportação de cafés já eram o foco. Quando fui chamado, eu já era da área do café, eu comprava, vendia e mandava café pra esse mundo a fora, relata Sr. Salvador. E foi assim o desenrolar da entrevista, num diálogo que proporcionou momentos de recordações em seu arsenal de fotos e jornais com registros sobre café desde a década de 60.
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Este repertório foi que o levou a ser convidado a gerir instituições de renome do setor: como o CCCV e o Sindicafé, consideravelmente em torno de 20 anos. Não só de café vive o homem, mas seus títulos vieram por sua benevolência enquanto articulador. Recebeu título de cidadão Espírito Santense, assinado em 22 de novembro de 1999 e título de Honra ao Mérito, pela Câmara Municipal de Vitória, em 12 de julho de 2006, por reconhecimento a serviços prestados a população da cidade, dentre outros.
E não para por aí. Nada mais honroso, do que ser homenageado pelo esporte que o brasileiro tem muito amor, o futebol. Conforme disse o Sr. Salvador, nunca joguei futebol, mas construí um estádio. A opção por ajudar o time financeiramente foi por verificar que na época o clube não provia de nenhum recurso.
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Assim, por acreditar sempre nos seus projetos e com o consentimento da esposa, resolveu cuidar do estádio que recebeu seu nome, por uma homenagem dos envolvidos no futebol capixaba da época. A votação dos Conselheiros recaiu para o nome Salvador Venâncio da Costa. Foi, na verdade um gesto digno de elogios dos Conselheiros, pois o presidente atual foi traço marcante para o aparecimento do referido estádio, relato de arquivo do impresso, jornal A Tribuna, datado em 14 de dezembro de 1966. Desta forma, nasce o estádio Salvador Venâncio da Costa, que hoje está entre os estádios concorrentes para treino de equipes mundiais durante a Copa de 2016, que o Brasil sediará.
Investimento na cadeia produtiva
Para quem fez um estádio, sem conhecer sobre futebol, imagina enquanto conhecedor do café, o que não faria. E em todo esse percurso de sua vida, o Sr. Venâncio esteve ali, parceiro de ações que qualificava os envolvidos na cadeia produtiva do café, desde o produtor, até o exportador.
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E foi nessa perspectiva que desenvolveu na última década parceria junto aos órgãos capixabas de renome para a qualificação dos envolvidos na cadeia produtiva do café, com o curso de Classificação e Degustação e o curso de Barista. Parceiros esses citados em CCCV – com o Centro de Treinamento Avelino Dadalto-, em continuidade com o Centro de Treinamento em Preparação de Café do Estado do Espírito Santo (CTPC) e nos últimos anos seu apoio ao Instituto de Desenvolvimento Social Sustentável do Café (Incafé).
Também consta no repertório do Sindicafé a divulgação da qualidade em Feiras e Eventos que vem proporcionando conhecimento e trazendo ao Espírito Santo um mercado promissor. Além do incentivo às atividades de classe por meio de apoio e valorização dos eventos direcionados aos exportadores.
É assim, um senhor visionário, que preza pelo investimento com cautela em seus projetos que acredita ser promissor e sempre com o consentimento da família, a quem sempre confiara: em especial sua esposa (in memória). Eu penso que tudo na vida a gente deve confidenciar a esposa, pois ela pensa no bem estar dos filhos. Salvador Venâncio da Costa: da família, do café, do futebol, sempre em busca da qualidade.