24 de Maio, Dia Nacional do Café - Café e coração
E nada mais justo do que publicar um texto postado pela Associação Brasileira das Indústrias de Café – ABIC, já que, desde 2005, estabeleceu o dia 24 de maio como o Dia Nacional do Café.
Leia abaixo artigo do Dr. Bruno Mahler Mioto, médico pesquisador na Unidade Café e Coração do Instituto do Coração (InCor), que trata de recente pesquisa sobre os benefícios do café divulgada pelo New England Journal of Medicine, uma das mais importantes publicações científicas do mundo.
Uma ótima notícia:
O consumo de café pode estar associado a um menor risco de morte
* Bruno Mahler Mioto
Tomar café pode ter ficado ainda mais gostoso. Em 17/04/2012, uma semana antes do Dia Nacional do Café, foi publicado na revista New England Journal of Medicine (uma das mais importantes publicações científicas do mundo) estudo que analisou os hábitos de consumo de café de mais de 400 mil homens e mulheres americanos (com idades entre 50 e 71 anos), tornando-o o maior estudo que avaliou a relação entre consumo de café e saúde humana.
Os resultados dessa pesquisa mostraram que o consumo de café pode estar inversamente relacionado à mortalidade total (quando ajustado pelos outros fatores de risco). Além disso, os tomadores de café também apresentaram menor mortalidade por causas cardíacas, doenças respiratórias, acidente vascular cerebral, causas externas, diabetes e doenças infecciosas.
A associação entre café e o menor risco de morte foi semelhante tanto para os consumidores de café com cafeína quanto descafeinado.
O resultado dessa pesquisa e de outras já realizadas mostram que consumir café diariamente é um hábito saudável, e que pode inclusive trazer benefícios para saúde. A possível explicação para esses resultados é que além de cafeína, o café também contém centenas de compostos únicos e com propriedades antioxidantes que podem conferir benefícios à saúde.
Ainda estamos aprendendo como cada um desses compostos pode afetar as funções biológicas. Existe por exemplo evidências fortes de proteção em relação à diabetes. Todos esses estudos têm gerado uma mudança de paradigma, fazendo com que o café deixe de ser um vilão e se torne um mocinho com relação à saúde humana.
Bruno Mahler Mioto
Médico Pesquisador na Unidade Café e Coração
Instituto do Coração – HCFMUSP
Fonte: Web ABIC – Associação Brasileira das Indústrias de Café