Colômbia possui mais de 50% da área cafeeira resistente à ferrugem
O principal indicador de investimento do setor cafeeiro colombiano, o número de hectares renovados, continuou mostrando um grande dinamismo no fechamento dos oito primeiros meses do ano. Entre janeiro e agosto de 2012, o país sul-americano renovou 74.338 hectares de café, 1,8% a mais que a cifra recorde de hectares renovados no mesmo período do ano anterior, segundo dados da Federacafe (Federação Nacional dos Cafeicultores da Colômbia).
Estima-se que o total de árvores de café plantado no ano supera a marca de 401 milhões, das quais 379 milhões foram plantadas com variedades resistentes à ferrugem e com maior capacidade de suportar a variação climática. Essas lavouras começarão seu ciclo produtivo em 2014. A Federação prevê que, ao fechar o presente ano, conseguirá bater novamente o recorde de117 mil hectares de café renovados em 2011.
Graças a esses programas desenvolvidos pela institucionalidade cafeeira, atualmente o país alcançou 50% de sua área produtiva com cafezais tecnificados e resistentes à ferrugem, um pouco mais que o dobro da área que tinha as mesmas características no ano de 2008. “O que temos realizado nos últimos anos é um salto de grande dimensão”, assinalou Luis Genaro Muñoz Ortega, diretor executivo da Federacafe.
Ele ainda indicou que “a seguir nesse ritmo, dentro de três anos alcançaremos nosso objetivo essencial, que é ter uma cafeicultura muito mais bem preparada para as mudanças climáticas”, sustentou. Muñoz apontou que, tanto em hectares como em números de árvores com alta produtividade, “temos uma situação totalmente distinta em matéria de produção, como já temos observado nos últimos meses”.
O total das renovações é resultado do PSF (Programa Permanência, Sustentabilidade e Futuro), assim como os investimentos realizados pelos mesmos cafeicultores que apostam no futuro da atividade. Vinte e oito por cento do total dos 74.338 hectares renovados nos oito primeiros meses foram beneficiadas pelo PSF, através do qual se apoia a tecnificação das propriedades com menos de cinco hectares, em mãos de pequenos produtores.
Com a tecnificação se busca obter maior produtividade, graças a uma maior densidade dos plantios, idade ideal de produção e uso de variedades resistentes. Esse programa dá diversas oportunidades aos cafeicultores que, por diversas razões, não teriam acesso ao crédito e não contavam com a capacidade financeira necessária para empreender a renovação de suas lavouras.
Desde o ano de 2008, tramitaram 165 mil créditos de juros baixos no programa PSF, visando à renovação de 139 mil hectares. Com ações como essa a Federacafe recebeu o reconhecimento como uma das dez empresas latino-americanas mais destacadas na transformação produtiva, láurea oferecida pela Corporação Andina de Fomento, durante o evento “Rio+20”, realizado recentemente no Brasil.
As informações são da Federação Nacional dos Cafeicultores da Colômbia, adaptadas pela Equipe CaféPoint.
Fonte: Web Café Point