PIB revela atividade econômica fraca no primeiro trimestre

Evolução do PIB brasileiro (Fonte: Época Negócios)

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Adicionar aos meus Itens  O Produto Interno Bruno (PIB) do Brasil atingiu R$ 1,03 trilhão no primeiro trimestre deste ano, o que representa uma expansão de 0,2% na comparação com os três últimos meses de 2011 e de 0,8% ante igual período do ano passado. O resultado, divulgado pelo IBGE no dia 1º de junho, mostra que a economia começou o ano em ritmo lento.
A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) fez uma análise sobre o resultado do PIB no primeiro trimestre de 2012.

De acordo com o IBGE, a Indústria teve o maior destaque, com crescimento de 1,7% frente ao último trimestre de 2011 e de apenas 0,1% na comparação com o mesmo treimestre do ano anterior. O setor foi influenciado pela maior competição externa e pela queda do consumo interno, cujos índices de endividamento e inadimplência estão altos. Impactado pelo bom desempenho do mercado de trabalho, que conjuga renda em alta e desemprego em baixa, o setor de Serviços teve alta de 0,6% frente ao último trimestre de 2011 e de 1,6% na comparação anual. O destaque negativo foi o setor Agropecuário, que encolheu 7,3% em relação ao último trimestre de 2011 e 8,5% na comparação com igual período de 2011.

Pela ótica da demanda, o consumo das famílias subiu 1% frente ao último trimestre de 2011. Já o do governo registrou alta de 1,5% – a maior taxa desde o segundo trimestre de 2011 (2,1%). A taxa de investimentos atingiu 18,7% do PIB, superior apenas ao primeiro trimestre de 2009, e a taxa de poupança, 15,7%, a menor desde igual período de 2009 (14,4%). Apesar de ter tido crescimento menor do que o dos gastos do govenro, o consumo das famílias teve impacto maior para expansão do PIB, por causa seu peso na composição das contas nacionais.

“O consumo das famílias foi o componente que mais contribuiu para o crescimento do PIB, influenciado pelo crescimento da massa salarial real; pelo crédito, que apesar de ter desacelerado, continua crescendo; e pelas medidas de incentivo ao consumo, como isenção de IPI para alguns segmentos”, afirma a gerente das Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis.

Para a economista da CNC Marianne Hanson, os dados refletem os efeitos contracionistas do passado, mas o cenário tende a melhorar. “Apesar de persistirem os efeitos de um crescimento econômico internacional mais fraco e de um ambiente de maior aversão ao risco sobre a produção, consumo e investimentos nacionais, as políticas em vigor devem estimular a demanda e promover uma recuperação no segundo semestre”, afirma. Entretanto, segundo Marianne, o cenário externo deve continuar influenciando negativamente, o que deve impedir um crescimento acima de 3% em 2012.

Brasil fica em último entre os emergentes

Com a divulgação do dado, o Brasil fica na quinta e última posição no ranking de crescimento entre os países emergentes. Em primeiro lugar está a China, que registrou alta de 8,1% nos três primeiros meses do ano, frente ao mesmo período do ano passado, seguida pela Índia (5,3%), Rússia (4,9%) e África do Sul (2,1%).

O PIB

O PIB equivale à soma das riquezas produzidas pelo país, e é composto pelo desempenho da indústria, da agropecuária e do setor de serviços. Também é analisado a partir do consumo, e neste caso é dividido pelo consumo das famílias e do governo, pelos investimentos feitos pelo governo e empresas privadas e pelas exportações.

Fonte: Web CNC – Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo-.

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